Sócrates: o humilde!


Nunca, em quatro anos vimos um Primeiro-Ministro tão humilde, tão sereno, tão democrático. Depois da tareia das eleições europeias, José Sócrates enfrenta o Inferno e, como tal, é preciso descer de nível e falar ao coração do povo. Desde o recuo no TGV, que está, por agora, adiado, até à moção de censura do CDS, passando por uma comissão política recheada de vergonha perante os dirigentes nacionais, o líder socialista começa finalmente a reconhecer os erros, a ouvir os outros e a deixar a arrogância em casa. Bem sabemos que pretende conquistar o eleitorado de esquerda e de centro que perdeu no último acto eleitoral.
Contudo, temos dó e até pena de um engenheiro que se verga depois de ter passado uma legislatura inteira a achar-se o rei, inteligente e único, da Pátria empobrecida. Mas José Sócrates sabe muito bem o que o espera. Uma derrota nas autárquicas e até o pavor de perder umas legislativas para a dama de ferro social-democrata. Cavaco, esse, está feliz da vida... Já está a vislumbrar «uma maioria, um Presidente».

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