Que ardam no Inferno. O mau feitio da AC não faz tolerância de ponto no Natal.


Como os tempos são de bonança, são boas as notícias que me chegam à mão. Depois de o Governo decidir não dar tolerância de ponto aos funcionários públicos no Natal e no Ano Novo (como é óbvio!!!), somam-se os municípios por esse país fora, entre eles Lisboa, que vão dispensar os trabalhadores por uma ou duas tardes ou por um dia. Santarém, Coimbra, Viana do Castelo, Oliveira do Hospital, Portalegre, Marvão, Torres Vedras, Arruda dos Vinhos, Lourinhã, Peniche, etc., etc. Já não falo dos Açores, onde o Governo Regional «rosa», liderado por Carlos César, contra a orientação de Lisboa, decidiu também conceder tolerância de ponto por estes dias. Ao contrário do que muitos autarcas «boys» e «girls» têm dito, são precisamente os funcionários públicos que, com a assinatura do desgoverno dos últimos 30 anos, contribuíram para a falta de produtividade e competitividade nacionais. Desculpem o desabafo mas...quero que esta gente toda «arda no Inferno». E nem em tempo de Consoada o mau feitio da AC faz tolerância de ponto.

Comentários

Anónimo disse…
Ai, rapariga, tens de atinar com a realidade de que a Administração Pública não é toda igual. Como diz a Constituição, existe a administração central, a regional e a local, cada uma com estatuto próprio. Por isso, entre outros aspectos, não é permitida a transferência de pessoal ou de verbas entre estas instâncias (a não ser através de contratos especiais aprovados pela AR).
Assim, por força da Lei, cada autarquia indica, em Janeiro, quais são as tolerâncias de ponto que vai atribuir para o ano inteiro, que não têm de coincidir com as do Governo. Por exemplo, a tolerância do último 13 de Maio não teve lugar nas autarquias.
Não sei como se mede a "produtividade dos funcionários públicos", mas sabemos que mais de 80% dos funcionários públicos são o pessoal dos Ministérios da Educação, da Saúde e da Administração Interna, ou seja, os técnicos de saúde, os professores e os polícias. Serão assim tão improdutivos? Também não tenho razão de queixa do pessoal das autarquias, que me recolhe o lixo todos os dias, trata dos esgotos, me abastece de água, arranja os jardins e assegura os cemitérios 7 dias por semana.
Ainda por cima, ficaram sem subsídios de Natal e de Férias, recebendo, em média, 800 euros por mês. Os cantoneiros, que são o maior grupo de trabalhadores das câmaras, recebem pouco mais de 500 euros. Talvez por isso muitos se queixem do funcionalismo público mas não querem ir trabalhar para lá.
Falta ainda dizer que a dispensa dos trabalhadores é VANTAJOSA para a receita do Estado porque baixa a despesa de funcionamento e corta parte dos salários. O trabalho das câmaras não deixa de ser feito, as licenças serão passadas, os projectos apreciados, o lixo recolhido, a água abastecida, as obras efectuadas, os mortos sepultados. Nalguns casos, o serviço é acumulado para o dia seguinte, mas não pode deixar de ser feito, por isso não entendo qual o problema de algumas câmaras darem meio-dia de tolerância, reduzindo ainda por via disso a despesa pública.
Enfim, acho que algumas pessoas gostam de falar de cor. O problema é que quem cospe veneno para o ar arrisca-se a que ele lhe caia depois na cara..
Anónimo disse…
Subscrevo o comentário. Há certa mania de misturar alhos com bogalhos, como se estivéssemos mal por causa dos dias que os trabalhadores descansam. Para quando um post sobre a CGD totalmente pública ir deslocalizar-se para as ilhas caimão e assim fugir aos impostos (falamos de milhões e não de tostões) além de servir de alfobre a magotes de boys com alguns, depois de seis meses, a sairem de lá com reformas vitalícias de 18 mil euros?

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