2 em 1


É o chamado 2 em 1. A manchete do i deve, esta segunda-feira, dar azia à esquerda portuguesa. Os comunistas, sempre defensores do tal emprego, sempre «usaram» e «abusaram», tal como PS e PSD, na governação local. E é preciso, de facto, assumir isso. Destaque também para a entrevista do antigo ministro das Finanças de Cavaco. Cadilhe fala muito, mas sempre tarde. Como todos os outros, por sinal.

Comentários

João Pico disse…
Ana Clara,

Já que ninguém lhe liga, nos comentários, e não querendo prencher muito o seu espaço, deixei-me lembrar-lhe uma incorrecção, de que "Cadilhe falou sempre tarde". Foi o primeiro ministro das Finanças do "consulado cavaquista". Saíu mal começaram a entrar os 200 mil novos funcionários públicos. Denunciou o facto. Não sabemos até que isso jogou a apressar a sua saída, para além do escândalo da esposa com o arquitecto das Torres das Amoreiras e as fotos obscenas na "Interviu" e a sisa da permuta no "Independente". Mas dei jeito ao Cavaco, ele ter saído. E ainda mais jeito deu, a alguns "cavaquistas". Já em 1987 falava de contenção na despesa pública. Uma heresia, para os parvenus da adesão à CEE. No caso BPN tinha razão. Mas neste país não se pode ter razão antes do tempo. É preciso esperar pela desgraça, para convencer e vencer o cepticismo provinciano e ultramontano...Mesmo assim, ai, ai... Não sei se depois da desgraça, ainda seremos capazes de apontar um culpado que seja...!
Boa semana...
João Pico disse…
O modelo autárquico é permissivo a assessores para assessorarem os que não o sabem fazer, nem percebem de câmaras municipais. Há quem diga - disse-mo uma jornalista sua conhecida - que os arquitectos e os engenheiros são os únicos que sabem de câmaras. Eu pensava que era de projectos, o que percebiam e ainda assim com erros. Já dizia o LNEC que 65 % dos projectos transportam ou induzem a erros graves.
Vou comprar o "i". Obrigado.
João Pico disse…
Ana Clara,

Denoto alguma injustiça para com o percurso de Cadilhe. Já nem me lembrava bem, mas ele refere um livro de 2005 e a sua passagem pela Agência de Investimento, antes de Basílio Horta também o comprova, o que ele próprio reconhece não o terem escutado : falou antes do tempo!

O livro dele era uma heresia, nesses tempos: falava contra o despesismo, coisa que só Medina Carreira o fizera antes. Criticou a Expo 98, os estádios do Euro 2004 e quis salvar o BPN, sem os encargos brutais da nacionalização dos prejuízos de uns e roubos de outros...
João Pico disse…
Ana Clara,

O mais importante no "i" de hoje foi a entrevista de Rob Riemen, filósofo holandês. Arrasa por completo os políticos e os media, osprotectores dos interesses mesquinhos e continuadores do desenvolvimento da estupidez das multidões.
Nenhum jornalista deve ignorar.
Ana Clara disse…
Eu já li e com razão, uma entrevista corajosa :-)
João Pico disse…
Ana Clara,

Suspendo por ora a minha referência anterior, à "sua escolástica abrantina"...!!!

A crítica é mesmo muito necessária para combater a "estupidez" envolta no politicamente correcto "neo-fascista"...! E eu por já seguir uma opinião muito próxima, o que não fui censurado e caluniado...
Não se pode ter razão antes do tempo...!

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