A irresponsabilidade tem um nome: Mário Soares.


O que o antigo Presidente da República, Mário Soares, vem hoje dizer, numa entrevista ao i, conduzida por Ana Sá Lopes, em alto e bom som, ao país, é uma das maiores irresponsabilidades políticas que por cá se assistiu no último ano, e em convivência com o programa de ajuda financeira a Portugal. O fundador do PS - irónico que assim seja, nestes tempos de surdez e cegueira políticas - diz então que o PS deve romper com o acordo com a Troika, e tudo porque considera que a situação do país «evoluiu» e que a austeridade «não funciona». O homem que enquanto Primeiro-Ministro teve de recorrer ao FMI por duas vezes tem caído numa malha perigosa. A democracia tem de saber reconhecer os seus falhanços, os seus erros e conviver com tudo o que isso acarreta. As atitudes que Mário Soares tem tomado, recentemente nas comemorações do 25 de Abril, com tomadas de posições ameaçadoras, como que a tentar desestabilizar o sistema político - que precisa tudo neste momento menos disso - não são nada favoráveis para um homem a quem Portugal muito deve no caminho para a democracia. E acima de tudo não são nada boas para o país. Alguém lembre Soares que o PS assinou o Memorando, está comprometido com ele. E isso é fundamental para que, mesmo com todos os sacrifícios que estão a ser feitos pelos portugueses, consigamos ter sucesso. O que nos distingue da Grécia é somente isso, os partidos do sistema terem dado a mão no momento do resgate. É bom que alguém pare Soares, antes que ele fique completamente enlouquecido. E isso é um cenário que, nós por cá, nos recusamos a ver. 

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