RTP. «Para Angola, rapidamente, e em força!»


«A Newshold, grupo angolano proprietário do semanário Sol, está a preparar a sua candidatura à privatização de uma frequência da RTP, tendo para isso criado uma nova empresa». Lido no Público. Os angolanos há anos que dominam a esmagadora maioria das actividades económicas em Portugal, através de várias participações accionistas, em diversas empresas nacionais. A RTP, o canal que devia manter-se público, está a caminho de ser o próximo encaixe da antiga colónia portuguesa. Isto é grave demais para ser verdade. À cabeça temos um ministro (Miguel Relvas) que nada fez para segurar o canal público, um Primeiro-Ministro que nunca, até hoje, marcou uma posição vincada sobre o assunto e outro, que se desdobrou no último ano, na diplomacia económica (Paulo Portas) e deve ter estendido o tapete aos angolanos numa das visitas que fez ao país. As opiniões, essas, que fiquem para a opinião pública e cidadãos, que também muito pouco se importaram até hoje com o problema. «Para Angola, rapidamente, e em força!». A frase é célebre, e proferida por Salazar, a 13 de Abril de 1961, quando se apercebeu que os acontecimentos de 15 de Março desse ano, que marcaram o começo da guerra colonial em Angola, não era apenas uma guerra de catanas, mas um movimento organizado apoiado por potências internacionais que se propunha conquistar a independência do território. Mais coisa menos coisa, em 2012, estamos no mesmo ponto, metafórico e real.

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