Chocante e desumano.



Há coisas que ultrapassam o meu sentido racional. O meu sentido social e até o meu lado mais humano perante o buraco negro em que o meu país se transformou. Cortar ou racionar o acesso a tratamentos mais caros, nomeadamente na área do cancro, VIH/sida ou doenças reumáticas é um assassínio. O Ministério da Saúde e o Conselho de Ética para as Ciências da Vida assim o recomendam. Na tutela, sabemos que temos um gestor de corte sem pudor. Mas do CECV? Mas qual Ética, qual Vida? A austeridade e o défice não podem passar por cima daquilo que nos querem retirar: a Humanidade. Chocante e desumano. Ficam as declarações mais violentas com que me confrontei. «Vivemos numa sociedade em que não é possível, em termos de cuidados de saúde, todos terem acesso a tudo. Será que mais dois meses de vida justifica uma terapêutica de 50 mil, 100 mil ou 200 mil euros?». Miguel Oliveira da Silva, Presidente do Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida.

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