Portas e a crise.



Paulo Portas esteve demasiado tempo calado. Esperou tempo demais. Mas como sempre disse, Paulo Portas não irá provocar uma crise política. Contudo, a verdade é que o líder do CDS-PPabriu uma crise interna na coligação de que faz parte. Uma crise que é prejudicial à coesão política. A partir de agora será difícil a convivência e diálogo no Executivo. Porque Portas abriu a caixa ideológica. E não pode querer ser amigo do ladrão e do cidadão ao mesmo tempo. Esta crise, que muitos desejam – incluindo eu, - sabemos, só irá provocar ainda mais dificuldades a um país mergulhado no caos social. Não se pode exigir aos cidadãos uma operação repentina que lhes retira tudo de uma vez. Há mais tempo para cumprir o défice? Há. Estamos a cumprir com o Memorando que nos exigiram em troca de 75 mil milhões? Estamos. Então que haja também mais sentido social no poiso governamental. E a crise política, a ter lugar, só pode sair de um lugar: Belém. Mas nesse lugar não haverá nunca coragem política para usar a tal «bomba» a que muitos chamam de atómica. Disso, também todos podem estar certos. Resta ao povo exercer a pressão que lhe é legítima. Nas ruas. Em civismo e lembrando, insistentemente, que as dificuldades reais estão nas suas casas e em cima das suas cabeças.

Comentários

Anónimo disse…
desde que haja poleiro qualquer coisinha serve a paulo portas.

se não for com o psd, será com o ps.

assim, aqui distancia-se dos dois.

como mne, ninguém dá por ele. por mota soares dá-se pelos piores motivos (tsu e quejandos), pela santa sãozinha, ministra do mar, dá-se quando aguiar branco fala de privatizar estaleiros que fazem barcos

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