Sintra dos pecados aos pés de um país decapitado.


Sintra, que tantos cantaram, que outros choraram e até abusaram. Podia citar Garret, lembrar Camilo, fazer a vontade a Herculano ou ao Aquilino, secar os suores de Pessoa ou entristecer ainda mais Vergílio. Podia…mas Eça não me perdoaria. Porque, em tempos de sequestro protagonizados por monstros neoliberais, os senhores das gravatas compradas nas melhores lojas de Paris, pavoneiam-se por aí…tal como os que, no final do século XIX, recorriam a Sintra para fugir às vidas oficiais de Lisboa, para momentos de alta roda ou para viver sórdidas escapadelas com meretrizes alugadas ao dia. Por ora, e como sempre, o amanhecer único de Sintra mistura-se com as brumas da decadência geral [e individual]. Tal como naquele tempo que Eça cantou. Dedicado, com muito amor, a todos os coveiros do Regime que nos dizem ser Democrático

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