O Presidente de «coisa nenhuma».


O prefácio de 'Roteiros VII', assinado por Cavaco foi divulgado este sábado, dia em que se assinala o segundo aniversário da tomada de posse de Cavaco Silva para um segundo mandato no Palácio de Belém.
São 20 páginas de justificação à boa maneira de Cavaco, que justifica ante a «crise anunciada» uma recusa constante em alimentar «sentimentos adversos» à acção governativa. Lamento Sr. Presidente, mas se o primeiro mandato em Belém foi uma espécie de «copo meio cheio, meio vazio», descortinando em alguns momentos que poderia ser o tal «garante» da estabilidade das instituições, o silêncio que se regista nas paredes do palácio nos últimos meses faz de si um perfeito vazio, uma cadeira sem Chefe de Estado, um Presidente inexistente. A rua há muito que fala, o Governo há muito que descamba e o Senhor, afinal, o Senhor o que tem feito? Potenciado o clima de tensão social e política que por cá existe. Um Presidente calado, omisso nas reuniões de quintas-feiras em Belém e que está meramente a cumprir calendário é um Presidente inexistente. Reze para que os dias e noites passem depressa. Um Presidente assim não pode ser, como sempre apregoou, o «Presidente de todos os portugueses».

Comentários

Anónimo disse…
garante da estabilidade durante o primeiro mandato?, inventando escutas em belém para fazer sócrates cair? garante de estabilidade quando demitiu um governo que queria prosseguir um resgate ao estilo espanhol, para lá meter este que era da sua família política e que nos tem feito pagar juros extorsionários à banca e aos borges, falhando e mentindo ainda mais que o anterior?
Ana Clara disse…
Em primeiro lugar não foi o Presidente que demitiu o Governo, foi o Governo que se demitiu [já num momento em que José Sócrates e Teixeira dos Santos nem se falavam, o primeiro não queria pedir ajuda externa e o segundo já estava em sufoco com o aumento das taxas de juro); em segundo lugar, não me parece que os erros de Cavaco no primeiro mandato [e foram alguns] tenham colocado em causa o garante da estabilidade das instituições, já a garantia da estabilidade política, com os poderes que a CRP confere a qualquer presidente, é difícil acautelar. Das duas uma, ou queremos Presidentes capazes de intervir constitucionalmente no sistema política, ou então, teremos sempre o vazio de poder que o cargo tem demonstrado. Só isso*
Ana Clara disse…
P.S. - Agradeço a todos os que têm a amabilidade de comentar o platonismo que se identifiquem. Por uma questão de coerência e debate mais franco.
A história de Portugal no pós 25 de Abril, em relação aos presidentes da Republica, nunca vai registar, qualquer acto, digno de ficar na História deste País...do actual presidente Cavaco Silva......

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