10% das urnas brincam com um País que assiste impávido.

Público

Perdi a paciência para comentar as brincadeiras de berçário que tiveram lugar neste cantinho da Europa nos últimos três dias. Quando decidirem fazer justiça aos discursos de responsabilidade e patriotismo, aí sim, podemos falar. Mas o que me está neste momento a incomodar é como é que um Primeiro-Ministro aceita negociar condições de um partido minoritário que vale 10% das urnas. E, sobretudo, depois a atitude mais inconsciente e infantil de Paulo Portas. Teremos então um Governo frágil, a ser comandado pelas imposições do Caldas para que se cumpra o programa de ajustamento financeiro? Meus senhores, tenham todos juízo, das duas uma: ou desistem (porque mesmo que corrijam as asneiras dos últimos dias a legitimidade democrática e governativa desapareceu)  e há eleições antecipadas ou prossigam no suicídio colectivo. Qualquer solução que possa surgir já não impedirá um segundo resgate com condições mais duras do que as que temos. Mas resolvam-se, porque isto tornou-se de tal maneira irrespirável politicamente e socialmente que só resta mesmo fecharem a porta do País e fazer o luto! 

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