A saída invisível de Álvaro.


Tal como Vítor Gaspar, Álvaro Santos Pereira estava condenado ao fracasso. Não é um político, é um académico. Defende ideias, e não interesses partidários. Tudo isto seria de louvar se não tivesse aceite tudo quanto veio da Troika e se não tivesse sido seguidista da tal política cega e austera. Ainda assim, sabemos que Portas fez um grande favor ao ainda ministro da Economia. O desgaste para um político não profissional acusa mais cedo. Nas actuais circunstâncias mais ainda. Contudo, politicamente falando, se há coisa que estes dois anos provaram é que os melhores não podem aceitar governar um país porque os outros, os políticos do cacique, da pandilha do poder partidário são os que ganham sempre na corrida. Não deixará saudades o Álvaro que queria exportar pastéis de nata, mas pelo menos sai com dignidade, discreto e quase invisível [devido a todo este circo montado] não protagonizando espectáculos degradantes que só um político profissional como Portas poderia fazer.

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