O regresso do criminoso pela porta grande.




Além de estarmos sem dinheiro, com o défice a disparar, o desemprego numa taxa absurda, deixámos que um homem só brincasse com um País inteiro. Paulo Portas mostrou a fibra de que é feito: vingativo, autoritário e sedento de jogos de poder que mais parecem resultar de um doente esquizofrénico. Pedro Passos Coelho tem a culpa toda no assunto. Um primeiro-ministro com experiência política e firmeza nunca deixaria um parceiro de coligação que vale 10% das urnas inverter os papéis. Valem zero estes líderes de pacotilha. E se Nuno Crato despachou Miguel Relvas, Portas despacha, põe e dispõe de Álvaro Santos Pereira e Maria Luís Albuquerque como se isto fosse um jogo de xadrez. A somar a tudo isto temos um Presidente morto e deposto em Belém. Em qualquer país democrático a esta hora nem havia Governo e estávamos, provavelmente com data marcada para eleições. Esta foi a semana mais aterrorizadora a que já assisti na minha vida. A vergonha também está morta porque, pelos vistos, Portas regressa pela porta grande, e parece ser Irrevogável esse acordo. Durará pouco. Espero apenas que o País se aguente com o que vem por aí. Será duro, muito duro o futuro que é agora.

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