Constrangimentos. Uma questão de perspectiva.


É obra quando o «bom aluno» (que afinal não se tem portado assim tão bem na veia reformista) diz que «aumentar o salário mínimo» neste país de salários miseráveis «só depois da saída da Troika». A frase é e Pedro Mota Soares, ministro do Emprego e da Solidariedade. «Quando acabar o Programa de assistência, Portugal deixa de ter um constrangimento que foi introduzido no memorando original, assinado com o anterior Governo, que não permite o aumento do salário mínimo sem antes essa matéria ser discutida com a troika», afiançou o ministro. E antes, meus caros, antes de haver Troika, quais eram os constrangimentos? Talvez as PPP's, talvez salvar a banca pouco séria, talvez assegurar boas relações com as grandes empresas nacionais, com quem o Estado celebrava contratos vergonhosos. Enfim, um Estado que se comporta como rico nunca teve tempo, claro está, de pensar no salário mínimo nacional, essa riqueza que nem dá para aconchegar o estômago.

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