Carlos. Três anos sem ti. A Vida Inteira Contigo.

Amo o passado que vivi, o presente que me abraça e o futuro que me convida. A saudade não está na distância mas na partilha que acrescentamos ao que amamos na Vida que somos. Três anos sem ti. A Vida inteira contigo. As palavras que iniciam esta crónica são dedicadas a um dos Homens maiores que este País pôde orgulhar-se de ter. Digo maiores porque para mim assim o é. Ontem, 15 de Dezembro, fez três anos que morreu Carlos Pinto Coelho, por todos conhecido, como jornalista e homem da verdadeira Cultura, como poucos tivemos. O Carlos foi, para mim, tudo o que a Vida representa de melhor. Foi professor, mestre, amigo, conselheiro, a âncora que me segurou desde o primeiro dia em que pisei uma redacção, já lá vão dez anos. Foi o meu maior pilar até ao último dia em que esteve entre nós. Aqui, em Abrantes, deu o melhor de si aos alunos que ensinou. Eu fui uma delas. E também aqui o esquecimento nunca há-de cair, pelo menos, enquanto eu tiver voz para o lembrar. Por isso, e porque tudo já foi dito sobre o Carlos, não me deterei muito com palavras. Detenho-me apenas com os Sonhos e a Liberdade que com ele aprendi a ganhar. A ti, Carlos, devo muito do que sou. Sem ti não seria a profissional que hoje sou nem o ser humano que penso ser. Sem ti desistir teria sido mais fácil. Sem ti não tinha cumprido o sonho de ser Jornalista, um dever e um prazer que me preenche a Vida por inteiro. Por isso, e porque este país tem a memória curta, nunca te deixarei cair no baú das memórias. Como dizia Confucio, «a morte não é a maior perda da vida. A maior perda é o que morre, dentro de nós, enquanto vivemos». Assim te hei-de homenagear sempre, todos os dias que me restam por estas paragens. Esta crónica é dedicada à Clara, à Bárbara, à Filipa, à Ana e à Luísa. Elas sabem quem são. Até para a semana. 

*Crónica de 16 de Dezembro, na Antena Livre, 89.7, Abrantes.

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