Feridas de um Bloco cada vez mais fracturado.

«As dificuldades processuais dessa candidatura eram várias, e relevantes. Contudo, um modelo de articulação não chegou sequer a ser equacionado – a direcção política do Bloco de Esquerda não se mostrou disponível para iniciar um debate programático com alguns dos possíveis participantes nessa convergência». A frase é de Ana Drago, à Lusa, e prende-se com a rejeição de a direcção política do BE ter rejeitado um debate com outros movimentos de esquerda, como o recém-criado Manifesto 3D, a Renovação Comunista e o anunciado partido Livre, para participar num processo de convergência que resultasse numa candidatura única às eleições europeias. A consequência foi o pedido de demissão de Ana Drago da Comissão Política do BE. O facto diz muito das cisões que há muito lavram no Bloco, patente nos resultados eleitorais obtidos nas últimas eleições (legislativas e autárquicas). Um pequeno partido, dividido, com bastantes fracturas, encontra-se neste momento «hospitalizado», talvez em estado vegetativo até, e para o qual, a actual liderança bicéfala - fraca, na nossa opinião - não ajudou lá muito. 

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