Eleições europeias 2014. Uma questão de liberdade.

Faltam duas semanas para as eleições europeias. De 22 a 25 de Maio, os cidadãos europeus vão escolher quem querem que os represente numa Europa em crise profunda, e que na última década nada fez para antecipar os perigos que a economia mundial comportava. Nestas eleições, os cidadãos dos 28 Estados-membros, têm mais poder do que nunca, e infelizmente este é um facto pouco conhecido da esmagadora maioria das pessoas. Pela primeira vez, o novo presidente da Comissão Europeia terá que ser seleccionado com base nos resultados das eleições europeias. Por isso a escolha de cada um de nós vai afectar diretamente quem dirige o órgão executivo da União. Por mais que se fale da abstenção em eleições europeias, sempre elevada é certo, a verdade é que este momento é essencial, sobretudo porque é em Bruxelas e Estrasburgo que se decide cada vez mais a política das nossas vidas, as decisões que influenciam directamente as contas da nossa casa e, acima de tudo, é na Europa que reside cada vez mais o sopro do nosso futuro. A campanha eleitoral que começa esta semana trará, como sempre, as guerrilhas partidárias, as tricas e novelas nacionais. Por cá, vota-se a 25 de Maio, e os portugueses, mais do que nunca devem dizer, com firmeza, o que querem, sendo que essa vontade, apesar de não determinar muita coisa, demonstrará que estamos vivos e temos uma palavra a dizer sobre as nossas vidas. Temos a possibilidade de influenciar o rumo político da União Europeia, ao contribuirmos para a eleição dos 751 deputados candidatos ao Parlamento Europeu e que representarão os nossos interesses nos próximos cinco anos. Num momento duro e difícil como aquele que todos vivemos, com um desemprego teimoso, com milhares de empresas a fechar portas, com os nossos cérebros a emigrarem, resta-nos manter vivo um dos nossos principais direitos: o do voto, o de escolhermos quem queremos que nos represente na cúpula da Europa. E mesmo que erremos mais uma vez, é a força da nossa participação activa que ficará registada. Por isso, e porque começa agora a batalha eleitoral pelo voto, é agora que faz sentido esta crónica. Uma crónica que apela à participação eleitoral de todos vós. Somos nós quem tem nas mãos a decisão de escolher os decisores futuros de uma Europa cada vez mais imperativa sobre cada Nação e cada Estado europeu.

*Crónica de 12 de Maio, na Antena Livre, 89.7, Abrantes. Podem ouvir aqui.

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