Robert Capa. O eterno contador de guerras.




Morreu a 25 de Maio de 1954, sendo que este ano, comemoram-se os sessenta anos da sua morte. Robert Capa, uma referência para profissionais da fotografia em todo o mundo, como testemunha o imenso acervo que chegou às gerações posteriores, foi um dos maiores repórteres de guerra do século XX. Sem ele não teríamos visto a Guerra Civil de Espanha, a II Guerra Mundial e as imagens que nos deu. Não teríamos assistido ao «The Magnificient Eleven», o Dia D, no início do verão de 1944 onde ele próprio participa no desembarque da Normandia e o documenta como nenhum outro o fez. Nem a Guerra israelo-árabe (1948) teria sido a mesma. Fundou a Magnum com George Rodger, David Seymour e Henri Cartier-Bresson. E com aquele sorriso íntimo que as fotografias nos mostram dele, manteve, até ao fim, um princípio só dele, com a humildade que a tantos hoje falta: «Se as fotos não são suficientemente boas, é porque não estive suficientemente perto». Morreu a 25 de Maio de 1954, na guerra, a fazer o que mais gostava e sabia melhor, a testemunhar a I Guerra da Indochina. Pereceu, prematuramente, ao pisar uma mina terrestre. O seu corpo, com as pernas dilaceradas, mantinha preso entre as mãos uma das duas câmaras que levava consigo. É um dos meus heróis, sobretudo depois de ter escolhido que ser jornalista era um sonho que a economia não podia parar. Foi já com 18 anos que devorei tudo sobre ele. Até hoje consome-me a alma sempre que me pedem para falar de fotografia. É, sem dúvida, um dos gigantes do século XX.

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