O rumo de Costa.

É bonito ver os encontros de António Costa com a direita e a esquerda. Peço desculpa, reformulo: com alguma direita e alguma esquerdaO líder do PS tenta manipular a opinião pública e o eleitorado com acções de propaganda (é a sua função) em véspera de legislativas. Bem sabemos que é tempo de estratégias de corredores, que impera agitar águas e «apalpar» terreno em todas as capelas. Contudo, ouvir Costa dizer que está interessado em trazer para o arco da governação o PCP quando a seguir Jerónimo relembra que «os socialistas praticam políticas de direita», é demasiadamente penoso. O PCP mantém a congruência, goste-se ou não de Jerónimo e das linhas partidárias com que sempre se posicionou. Já o actual líder do PS assume ficar refém de uma estratégia que, na minha opinião, apenas o fragiliza. Para não falar dos eternos conflitos históricos e ideológicos que nos últimos 40 anos sempre opôs socialistas e comunistas. Os encontros à direita que António Costa também teve esta semana ajudam igualmente a provar a tese de que o povo pode parecer burro mas, é bom lembrar, que não o é. A juntar a isto tudo, o drama presidencial adensa-se com Guterres a mover-se em pontos sucessivos de interrogação. Veremos se o PS ganhará ou perderá mais com tal táctica. O tempo o dirá. E o tempo começa a escassear. 

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