Populismo de elite encosta Marcelo. Finalmente um debate.


Finalmente, nesta maratona de debates presidenciais, vi hoje um debate mais próximo de ser realmente um confronto político. Político, mas não ideológico. Sampaio da Nóvoa, se dúvidas eu ainda tivesse, provou hoje que a extensão da sua dimensão de esquerda é uma corda demasiado longa, cinzenta e muito ambígua. O antigo reitor da Universidade de Lisboa assume, a meu ver, laivos perigosos que roçam uma espécie de populismo de elite. O importante é atirar e matar e depois, bem, depois, logo se vê. Por outro lado, finalmente há um candidato que obriga Marcelo a despir a camisola de comentador, a imagem simpática e a veste de independente que, de tal, tem muito pouco. No debate da SIC, Nóvoa conseguiu, impecavelmente, potenciar o renascimento de Marcelo, político, combativo, reativo. Ainda que numa bagunça zangada e desconcertada, nada ao jeito do ilustre orador e comunicador. E isso foi bom de ver. Contudo, o grande fantasma destas eleições chama-se Partido Socialista, que deixa órfãos e à deriva os principais opositores do já «aclamado» presidente antecipado pelas sondagens e pelos media. Um dia, António Costa sentirá na pele a errada decisão de não ter vinculado o seu partido a uma recomendação de voto [fosse a Nóvoa ou a Maria de Belém]. Mas o tempo ditará (ou não) tal opção.

P.S. – Marcelo partiu para esta corrida descansado, achando que seria um passeio. Se calhar era melhor começar a pensar na segunda volta...

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