Festival do Contrabando: evocar memórias e manter a Portugalidade

Fotos: Ana Clara

Evocar gentes da fronteira, com as artes e a cultura. É esta a proposta de Alcoutim, na região raiana algarvia, que promove entre hoje e domingo a primeira edição do Festival do Contrabando em Alcoutim (Portugal) e Sanlúcar de Guadiana (Espanha).

«A paisagem fronteiriça que desafiava os destemidos na passagem de mercadorias, agora é palco de vários projetos culturais que transportam para o interior das populações e seus visitantes, os sonhos e ambições, trazendo até à vila raiana uma oferta cultural que desafia todas as condicionantes existentes», realça o município em comunicado.

Recorde-se que o nordeste algarvio é um território marcado geograficamente e historicamente, pelo rio Guadiana. Região serrana por natureza, apresenta um típico relevo ondulante, proporcionando paisagens de distinta beleza, cheias de luz, vida e cor.

Em tempos idos, foram inúmeras as atividades praticadas e desenvolvidas neste cenário de fronteira natural entre Portugal e Espanha.

Conheço Alcoutim nas suas profundezas. Por lá passei muitos dias de trabalho, reportagem rua acima, serra abaixo. O contrabando é, de facto, por estas paragens uma memória coletiva, que persiste viva nas gentes do sul e de todos aqueles que, noutros tempos, a viveram de forma arriscada mas também intensa.


Venham mais festivais do Contrabando que este país precisa, e muito, de manter vivas as memórias que contribuem para a portugalidade.

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