O Tejo que me pertence

Foto: Ana Clara

Há um rio que me pertence. Corre pela linha do mapa que traçaram como retangular. Muda de cor, de sabor e de equilíbrio quando passa a fronteira. Sorri-me ali entre as margens ribatejanas que me pertencem e, por vezes, seca tudo por lá, mais a norte, quando os verões são intermináveis no calendário da estação. Aqui, na foz, sabe a mar (soube sempre), numa espécie de brisa que pincela o quadro de respiração. Inspira, expira, explode. Assim sou eu no Tejo de Lisboa, engolida por uma metamorfose permanente que, espero, nunca me abandone. 
💜 #ac.tejo@vida#

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