Scorpions: um regresso (sempre) emocionado a Portugal











Fotos: Ana Castro e Ana Clara

Sou a suspeita do costume. Não posso nem tenho mais prosa para falar deles. Esta quarta-feira, 26 de junho, no Altice Arena, em Lisboa, cumpri com eles o meu 17.º concerto, no âmbito da tour "Crazy World Tour". Já eles, cumpriram o 24.º concerto em Portugal em mais de 50 anos de carreira.

Um concerto diferente? Não. Em nada distinto daquele que deram no ano passado no Estádio Municipal de Oeiras. Foi o que é: um desfilar de clássicos, desde o "Make it Real" ao "The Zoo", "Is there anybody there", "Blackout", passando pelo enérgico e humanitário "We build this house on a rock" e terminando no grande hino "Rock you like a hurricane". Junte-se a isso as baladas que o público aguarda sempre ansiosamente - "Wind of Change", "Still Loving You", "Send me an angel" e "I'm on my way home".  

A fragilidade de Klaus (Meine) é conhecida. Não que envergonhe, não que isso faça o público sentir-se defraudado, mas aos 72 anos, não podemos esperar nenhum milagre. O que é espantoso é que o fenómeno Scorpions consegue a proeza de encher recintos pese embora o meio século que já leva de vida. Uma banda que arrasta consigo a fidelidade de um público que nunca os abandonou. Em Portugal, isso é algo inequívoco e é como bem disse Klaus um "eterno regresso a casa".

A solidez da banda, suportada por Matthias Jabs e Rudolf Schenker, fazem a frágil (mas inconfundível) voz de Klaus nunca perder o brilho. Foi um concerto de emoções. De saudade. De muita cumplicidade da banda de Hannover com Portugal. 

Quanto a mim, nada mais posso dizer. Já disse tanto, já nada espero. Sei apenas que a cada reencontro, a minha vida regressa ao passado, aos 20 anos que passaram e que foram moldados por álbuns a fio e por uma sonoridade única e irrepetível. 

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