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Duarte Lima em 'maus lençóis'?
Comentários
Anónimo disse…
Não houve nada mais importante e merecedor de tão extensa manchete, durante a última semana, para além do folhetim policial da Miss Cabrita no Brasil? Caramba, o Sol não é o Jornal do Crime. Nem mesmo o Correio da Manhã, o Destak ou o JN.. Não tarda estão também a oferecer um poster com mulheres nuas nas páginas centrais.
Discordo. Acho a notícia muito relevante. O facto de ser capa é tão discutível quanto colocar o resultado de um qualquer clube de futebol na 1ª página, independentemente do relevo que lhe é dada e isso, todos o fazem.
Por acaso, desta vez eu também acho que é notícia...o que já não é um hábito no SOL...
Esqueci-me de colocar a id. no post anterior, mas sei que a Aninhas adivinhou. ;) disse…
1 - Eu não disse que não era notícia. Concordo com a Ana. Só disse que não merecia uma manchete. Até podia estar na capa, mas não daquela forma.
2 - O facto de "todos o fazerem" não menoriza o erro. Na Alemanha de 1939, (quase) todos eram nazis, logo era legítimo ser nazi. Ou não?
3 - A relevância desta notícia só é percepcionada porque os mesmo Media tem formatado os públicos para a irrelevância, para o folhetim e para o particularismo (uma espécie de individualismo metodológico, apud Weber), o que lhes facilita o trabalho e torna o investimento mais rendoso.
4 - Até quando os Media continuarão a ser a fábrica da espuma evanescente onde as pessoas flutuam? Realmente ser capaz de decompor a matéria e imergir até à essência do átomo não é para todos - implica Conhecimento, dedicação, esforço, ética irrepreensível e... investimento.
Ai Carlos, este jornalismo anda pelos dias da amargura...esta primeira página trouxe ainda piores notícias....Sabes que, por exemplo, a TVI tem estado a apropriar-se da investigação do SOL, desde quinta-feira à noite(depois de a manchete ter sido revelada) e ontem abriram todos os noticiários com o tema sem sequer mencionarem o jornal.... Bem mas tu sabes que isto é a rodos actualmente...eu já nem digo nada...
c disse…
Sabes o que mais dói? É que a definição de "jornalismo" é tão simplesmente "aquilo que os jornalistas fazem". A irresponsabilidade, a vaidade e a ignorância chegou a um ponto em que os próprios não têm capacidade de auto-crítica, de interrogarem o seu próprio trabalho e os princípios porque se (des)regulam, entrando numa dimensão de amoralidade e de (repugnante)assimilação auto-congratulatória, que determinam a aurea mediocritas. Como um querido colega me dizia acerca de outros profissionais, também eu " Não suporto a mediocridade das questões, a insignificância e irrelevância dos objectos da sua curiosidade, a falta de cultura e o facilitismo da maioria dos praticantes, que são uma espécie de aplicadores burocráticos do que decidiram considerar como uma "metodologia". ~Como resultado, nem sequer conseguimos, entre os jornalistas, encontrar interlocutores válidos, que não estejam "formatados" para discutir algo menos evanescente do que a "espuma dos dias". Parece que se esqueceram de que o objectivo não é o de caçar respostas conclusivas mas sim o de formular sempre novas perguntas... Será que entendem isto ou acharão que eu sou parvo?
Comentários
Caramba, o Sol não é o Jornal do Crime. Nem mesmo o Correio da Manhã, o Destak ou o JN..
Não tarda estão também a oferecer um poster com mulheres nuas nas páginas centrais.
2 - O facto de "todos o fazerem" não menoriza o erro. Na Alemanha de 1939, (quase) todos eram nazis, logo era legítimo ser nazi. Ou não?
3 - A relevância desta notícia só é percepcionada porque os mesmo Media tem formatado os públicos para a irrelevância, para o folhetim e para o particularismo (uma espécie de individualismo metodológico, apud Weber), o que lhes facilita o trabalho e torna o investimento mais rendoso.
4 - Até quando os Media continuarão a ser a fábrica da espuma evanescente onde as pessoas flutuam? Realmente ser capaz de decompor a matéria e imergir até à essência do átomo não é para todos - implica Conhecimento, dedicação, esforço, ética irrepreensível e... investimento.
A irresponsabilidade, a vaidade e a ignorância chegou a um ponto em que os próprios não têm capacidade de auto-crítica, de interrogarem o seu próprio trabalho e os princípios porque se (des)regulam, entrando numa dimensão de amoralidade e de (repugnante)assimilação auto-congratulatória, que determinam a aurea mediocritas.
Como um querido colega me dizia acerca de outros profissionais, também eu " Não suporto a mediocridade das questões, a insignificância e irrelevância dos objectos da sua curiosidade, a falta de cultura e o facilitismo da maioria dos praticantes, que são uma espécie de aplicadores burocráticos do que decidiram considerar como uma "metodologia".
~Como resultado, nem sequer conseguimos, entre os jornalistas, encontrar interlocutores válidos, que não estejam "formatados" para discutir algo menos evanescente do que a "espuma dos dias". Parece que se esqueceram de que o objectivo não é o de caçar respostas conclusivas mas sim o de formular sempre novas perguntas...
Será que entendem isto ou acharão que eu sou parvo?