Sócrates apela ao diálogo com OE no horizonte

Na rentrée do PS em Matosinhos, José Sócrates começou a passar a manteiga no líder do PSD. O líder do PS e chefe de Governo pediu «sentido de convergência» e «diálogo» num tiro certeiro no Orçamento de Estado que aí vem e que é preciso aprovar. Ainda assim, foi assente na necessidade de «estabilidade política» que Sócrates vincou o seu discurso. Amanhã, em Castelo de Vide, Pedro Passos Coelho responderá a Sócrates, no discurso de encerramento da Universidade de Verão dos sociais-democratas. Apesar de tudo, ao contrário do que o presidente do PSD hoje disse ao Expresso - de que se o partido da S. Caetano à Lapa quisesse, já teria derrubado este Governo - Sócrates tem razão: a legitimidade deste Executivo foi consagrada nas urnas pelos portugueses. Ainda assim, é com Pedro Passos Coelho que o primeiro-ministro tem de se entender para fazer aprovar o OE na Assembleia da República. E tem margem de manobra para o fazer porque Sócrates sabe que, o que menos interessa a Pedro, é a queda do Executivo. Só assim, num ciclo normal de eleições, Passos Coelho pode sonhar com a cadeira de S. Bento.

P.S. - Em Matosinhos, Narciso Miranda deve ter ficado com as orelhas a arder...

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