Portas e o partido do contribuinte.
8 de Novembro de 2007. José Sócrates era primeiro-ministro. Se há memória que eu tenho - porque trabalhei jornalisticamente muito esta bandeira centrista - é a da defesa acérrima do CDS que se auto-intitulava - e ainda o defende - como o «partido do contribuinte». Se ainda resta ao Largo do Caldos um pingo de uma dignidade na palavra e na honra, Paulo Portas devia imediatamente «romper» com a coligação de que faz parte. A defesa da estabilidade democrática - que sempre ergui com responsabilidade enquanto cidadã - deixou de ser uma prioridade para mim. E aí, os cidadãos certamente agradeceriam. Pedro Passos Coelho e o PSD que continuasse a servir a Troika com tanto afinco e dedicação. Quando se dão tiros mortais a cada português não há dever de cidadania. Há apenas terrorismo. Hoje é um bom dia para falar no tema já que daqui a uma hora recomeça o tiroteio aqui ao lado, no Terreiro do Paço.
Comentários
Brincamos? Paulo Portas é hoje um joguete. Ou talvez um mero mono, sem valor nem voz, no governo.
Tenho a certeza que o Paulo nao gosta do que o Pedro lhe anda a fazer. Mas para ele, para o Paulo... É isto ou nada. Isto ou o taxi. E ele preferirá "isto".
Eu pá... Votei no Paulo. Foi a primeira vez que o fiz, e fi-lo na esperanca que o Paulo fosse um fiel da balança, que obrigasse o Pedro a não abusar ou fazer o que não devia... Nomeadamente aos contribuintes.
Errei. O Paulo falhou. Enganou-me. Perdeu, para mim, qualquer credibilidade. E, claro, o meu voto.
Se pudesse, tirava-lhe o mandato que lhe dei. E de certeza que nao seria o único...
Terá o atual governo e partidos que o sustentam legitimidade democrática, neste momento? Duvido.
O que devo fazer, como cidadão? Vou para a rua? Mostro indignação? Meia centena fez isso, há pouco, na SIC... E Vítor Gaspar desvalorizou. Foi orquestrado, disse. Essas cacetadas no seu bmw, senhor ministro, sao tambem minhas, para que saiba.