Com a devida vénia ao Mestre.

Gonçalo Ribeiro Telles foi hoje distinguido com o Prémio de Arquitectura Paisagista Sir Geoffrey Jellicoe 2013. O anúncio foi feito em Auckland, na Nova Zelândia, no primeiro dia do congresso da Federação Internacional dos Arquitectos Paisagistas. À Lusa, e reagindo à notícia, disse, como sempre, verdades inconvenientes mas simples: «[…] talvez este prémio ajude um pouco na resolução de questões de ordenamento do território e de uso da terra, aquilo que é necessário, e que não tem sido seguido a maior parte das vezes […] a própria área da arquitectura paisagista, em Portugal, não tem tido a devida atenção, apesar de ter gente capaz. Mas [os profissionais] são tolhidos por preconceitos e ideias ultrapassadas sobre urbanização, reorganização da cidade e na ideia do campo […]. E em Fevereiro de 2012, numa grande entrevista que me concedeu, dizia que os governantes conhecem mal o país, o território e, em especial, o mundo rural. «É preciso que os responsáveis pensem mais no país e menos nas finanças e que reflictam na economia do planeamento para desenvolvimento das gentes», avisava. Foi nos jardins da sua amada Gulbenkian que nos encontrámos. E hoje, em jeito de homenagem a um dos vultos maiores que o século XX português conheceu, vergo-me perante o Mestre. Foto_Tiago Silva *ac@país*

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