Madiba: que nunca nos falte a sua esperança



Hoje quero falar-vos de Mandela. Nelson Mandela, numa espécie de crónica em jeito de celebração de uma das personalidades mais marcantes da História do século XX.

E falo dele porque, no mês em que se celebra o centenário do nascimento do líder revolucionário anti-apartheid, a Porto Editora vai publicar em livro 'As cartas da prisão de Nelson Mandela'.

É não só uma forma ímpar de não deixar esquecer a memória e a luta do antigo presidente da África do Sul, mas também por ser uma obra que nos leva a uma viagem dura num dos momentos mais dramáticos da luta contra a discriminação racial e que, ainda hoje, permanece como um dos maiores fantasmas das sociedades contemporâneas.

A obra conta com 255 cartas, muitas delas tornadas públicas no livro, organizadas cronologicamente e divididas pelas quatro prisões por onde Mandela passou ao longo de 27 anos.

Nelson Mandela foi um dos ícones da luta anti-apartheid, defensor da igualdade e dos direitos humanos, esteve preso quase 30 anos. Foi através das cartas que escreveu a partir da prisão que se manteve vivo, junto da família e amigos, mas essencialmente naquela que foi a sua luta de vida!

A obra será apresentada em Lisboa, a 17 de julho, véspera do Mandela Day, pelo embaixador Francisco Seixas da Costa e pelo jornalista António Mateus, numa sessão que terá lugar pelas 18h30 no Teatro Thalia, em Lisboa. A iniciativa insere-se no âmbito do congresso Centenário do nascimento de Nelson Mandela, organizado pelo Instituto Padre António Vieira.

*Crónica de 9 de julho de 2018, na Antena Livre, 89.7 Abrantes. OUVIR.


Ler SINOPSE:

“Um mundo novo não será conquistado por aqueles que permanecem à distância, de braços cruzados, mas por aqueles que vão à luta, cujas vestes são rasgadas pelas tempestades e cujos corpos são mutilados no decurso da contenda. A honra pertence àqueles que nunca abandonam a verdade”.




Preso em 1962, quando o regime do apartheid na África do Sul intensificava a sua campanha brutal contra os opositores políticos, o advogado e ativista do Congresso Nacional Africano Nelson Mandela, então com quarenta e quatro anos, não fazia a menor ideia de que passaria os vinte e sete anos seguintes na prisão. Durante os seus 10 052 dias de encarceramento, o futuro líder da África do Sul escreveu uma imensa quantidade de cartas às inflexíveis autoridades prisionais, a companheiros ativistas, a responsáveis governamentais e, acima de tudo, à sua corajosa mulher, Winnie, e aos cinco filhos. Agora, no centenário do seu nascimento, 255 dessas cartas, muitas das quais nunca antes tornadas públicas, são compiladas num volume que as organiza cronologicamente, dividindo-as pelas quatro instituições prisionais por onde passou até à sua libertação, a 11 de fevereiro de 1990.

Ilustrado com reproduções de alguns dos seus escritos, este é um documento de um valor excecional para o conhecimento desta que foi uma das figuras mais inspiradoras do século XX, revelando-o como pai e marido extremoso, como um lutador incansável pelos direitos humanos e, acima de tudo, como homem de uma coragem imperturbável, que se recusou a comprometer os seus valores mesmo quando confrontado com um enorme sofrimento.

«As palavras de Madiba são como uma bússola num mar de mudança, um pedaço de terreno sólido entre correntes rodopiantes». 
Barack Obama

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