Anos 80 em desfile épico em Lisboa

Duran Duran. 

Se há noite memorável foi a que se viveu ontem na Bela Vista. À boa moda de uma geração que anseia por memórias. Os anos 80 e 90 ressuscitaram no Palco Mundo do Rock in Rio Lisboa com três bandas que, à sua maneira, marcaram aqueles anos de ouro de libertação. A mesma que não foi esquecida por nenhum deles sobre a Ucrânia e que, 30 anos depois, a música não esquece. 

Se é certo que a idade não perdoa, no corpo, mas sobretudo na voz, também é verdade que somos sempre aquilo que semeamos e o máximo que pomos na vida e no que podemos dar aos outros.

Neste ponto, Ali Campbell (UB40), Morten Harket (A-ah) e Simon Le Bon (Duran Duran) provaram-nos isso mesmo. Conscientes de que a vitalidade de outros tempos já não é a mesma, deram tudo o que tinham, e o melhor que ainda é possível. Por tudo isso, competência foi exatamente a palavra certa que os uniu, numa cadeia de espetáculos sucessiva.

A-ha. 

Todos, sem exceção, trouxeram à Bela Vista, o pacote de sucessos pop-rock que os fizeram grandes e os mesmos pelos quais a geração 80 e 90 ali estava. Foi um desfilar de memórias quentes de tempos idos. Cada um à sua maneira conseguiu levar-nos lá atrás onde criamos percurso, onde nos fizemos gente e onde a música nos moldou para sempre.

Até Prince e o seu amado 'Purple Rain', se juntou à festa, pelos UB40, dando-lhe aquele toque reggae único.

UB40. 

Destaque também para o lendário Ney Matogrosso, que no Galp Music Valley, provou porque é gigante, numa exuberância e performance irrepreensíveis aos 80 anos de idade.

A cápsula do tempo é sempre tramada. Sobretudo quando todos sabemos que estamos a envelhecer. O melhor de tudo é quando isso quando isso acontece de mãos dadas. Todos juntos. Nós com eles e eles connosco. Ao som de um dos elos que mais une no mundo: a música e a sua honestidade. Ontem à noite,  na Bela Vista aconteceu isso tudo e muito mais. Thank you guys!

📸 @edgarkeats.official 

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