Já se sabia quem ambos iam bem preparados para o ataque ao adversário, ou não fossem, por razões diferentes, os dois candidatos mais consistentes em matéria de massa e experiência políticas. A Justiça e a corrupção foram as armas mais bem oleadas, mas em registos próprios, cada um à sua maneira soube segurar um debate que foi tudo menos morno.
Marques Mendes tentou descredibilizar Ventura, colando-o ao antigo regime e lembrando que o líder do CHEGA é anti-democrático. Mas André Ventura sabe onde mais dói aos homens e mulheres que ele considera fruto de um "regime podre" e que durante 50 anos mais não fizeram que viver do mesmo regime. A cartada do BES foi bem tirada, mas fez ricochete nos telhados de vidro que o próprio Ventura criou.
Seja como for, para quem gosta de duelos políticos, este foi talvez o debate mais animado que talvez tenhamos. E entre farpas e machados, nenhum dos dois pode dizer que lhe correu mal. Resta saber o impacto que terá no eleitorado. Entretanto mete-se o Natal e logo se vê.
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