Alípio Ribeiro ressuscita a polémica junção policial


A discussão é antiga e controversa. Devem todas as forças policiais estar sob a alçada de uma mesma tutela, como em Espanha? Ou devemos manter o modelo actual, com a PJ debaixo da alçada da Justiça e PSP e GNR da Administração Interna?
Alípio Ribeiro, director-nacional da PJ, defende, hoje, em entrevista ao «Diário Económico», a mudança de tutela daquela polícia para o MAI ou para um novo Ministério do Interior.
Não é fácil responder à questão. Mas a experiência noutros países europeus prova que juntar todas as polícias — de segurança e criminal — é rentável, permite uma eficácia conjunta no combate ao crime, seja leve ou organizado, bem como melhora o relacionamento e a forma de cooperação entre todas as forças de segurança.
Num momento em que os crimes estão em permanente e célere evolução e a sua tipificação é cada vez mais complexa, talvez a ideia não seja assim tão disparatada. Basta haver vontade de todos os agentes. Já basta de atrasos e preconceitos antiquados. Ninguém discute a natureza de cada uma das polícias em causa. Todas nasceram em ambiente, essência e conjuntura distintas. Mas se queremos um País com força policial à séria é bom que se reflicta sobre o problema. Alberto Costa (Justiça) e Rui Pereira (MAI) devem sair do muro de silêncio em que estão e dizer o que pensam. Nem que seja por uma questão de verdade política.

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