O silêncio que se impõe face à «ameaça» inglória de Moscovo


A «ofensiva» diplomática da arrogante Rússia aí está, no seu melhor e ao seu mais alto nível. Ressalvando que não pretende «ameaçar ninguém», o presidente Vladimir Putin, em jeito de despedida, tenciona mostrar ao mundo (inimigo) o potencial bélico. A sessão é anunciada de forma pomposa e terá lugar na mítica Praça Vermelha já na sexta-feira.
«Não pegaremos em armas. Não ameaçamos ninguém. Queremos apenas demonstrar o nosso potencial crescente em matéria de defesa. Estamos preparados para defender o nosso povo, o nosso Estado e as nossas riquezas». Se com esta inocente afirmação Putin pensa que engana as opiniões públicas, a verdade, é que só pode estar a brincar às diplomacias mundiais.
A «guerra fria» que começou no pós II Guerra Mundial e terminou no início da década de 90 já não ameaça terminar num novo conflito global. Já não há em Moscovo a mesma força e a «tensão» dessa época. Hoje, Putin, sabe que já não pode intimidar, pela via bélica, nem os Estados Unidos e muito menos a Europa. E é neste tabuleiro de xadrez de um mundo que já não é bipolar que traz ao de cima as fragilidades russas. Hoje, a esta ameaça, o eixo das potências mundiais responde com silêncio. Só Putin ainda não o percebeu.

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