Criatividade jornalística


Em tempo de férias, os jornais sofrem da síndrome de ausência de notícias. Já é um ritual a que os jornalistas se habituaram. Tudo é pretexto para encher páginas. Hoje, a «Sábado», faz o que se chama um 2 em 1. Legitimamente. Num trabalho simples e pragmático, a revista dá a conhecer ao público os segredos das reuniões privadas de Conselho de Ministros (CM). Passando por todos os governos dos últimos anos — desde Cavaco a Sócrates — muitas estórias ainda existem para contar ou recordar.
Desde a alcunha que Amílcar Theias — ex-ministro do Ambiente — ganhou nos formais encontros governamentais, ao olhar fulmimante que Durão lançou a Portas quando este decidiu começar a rasgar papéis a torto e a direito em plena reunião de CM ao ataque de choro de Figueiredo Lopes em plena mesa oval à frente de todos os seus colegas, os casos «sui generis» sucedem-se interminavelmente. É de facto uma delícia entrar no mundo escondido da política, onde os homens são iguais a todo e qualquer ser humano e deixam cair a capa de governante frio e calculista.
Num outro trabalho jornalístico fala-se ainda da difícil arte de gerir o silêncio em política, com exemplos de Cavaco — dono e senhor da dita arte —, Sócrates e Paulo Portas. A verdade é que, mesmo em tempo de «silly season», a criatividade jornalística é fundamental. E, em política, há sempre histórias e estórias para contar ao leitor. Nesta matéria os blocos de notas, mesmo com folhas amareladas, são um trunfo precioso. Haja leitores para tal!

Comentários

Anónimo disse…
Jornalista sofre.......e sofre....Agosto é o melhor mÊS para se trabalhar Anocas... Beijocas e continua a dar na cabeça deles, eles merecem! :)

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