A censura que ainda temos


«Há quem diga que não deve haver censura prévia. Mas parece que na agência Lusa há chefias que entendem o contrário. A ser assim, terão impedido que num serviço noticioso se falasse de estagnação no tocante à economia. Se a maioria está em sintonia óbvia com o Governo, porque é que as chefias da Lusa não haviam de estar no mesmo comprimento de onda? E porque é que o Governo não havia de estar benevolamente interessado nestes processos de recurso a uns eufemismos edulcorantes em serviços noticiosos?».

Vasco Graça Moura. DN.

Comentários

JN disse…
O assunto não é novo, já tem quase duas semanas e teve como protagonista uma jornalista da secção de Economia. O Conselho de Redacção atirou-se ao director de informação, LMV, que, por seu turno, justificou o injustificável. A Lusa, para quem não sabe, é a «voz do dono», ou seja, contolada pelo Governo «filtra» a informação, pese embora a independência e o sentido ético de muitos camaradas que lá trabalham. Tantas e tantas histórias que há para contar sobre aquela agência que nasceu, há muitos anos, da fusão com uma «coisa» chamada NP, depois de um «tal» JA, então secretário de Estado da CS (Governo de Pinto Balsemão) ter assassinado a verdadeira agência de informação portuguesa ANOP!
O que daqui resulta é que o Governo PS controla à séria a comunicação social nacional. Nesta matéria, Sócrates e os seus «ajudantes» não brincam em serviço.
Ana Clara disse…
Pena é que tal agência - a única - se ache tão independente e imparcial. Como muitos jornais diários (E DE REFERÊNCIA, COMO SE AUTO-INTITULAM) que por aí andam!
Anónimo disse…
Melindres à parte, só uma dúvida. O JA, citado pelo "João" não se trata, afinal, de José Alfaia Pinto Pereira, antigo administrador da Via Norte, Partex e parques de estacionamento? É só uma dúvida! Imparcialidades, senhores.