Pior do que ser cego é não querer ver
Jerónimo de Sousa defendeu hoje no XVIII Congresso do partido que a «cooperação estratégica» do Presidente da República com o Governo PS «animou» o Executivo a assumir a «agenda do grande capital».
«A assunção pelo Governo PS da agenda do grande capital e dos seus objectivos, que a eleição de Cavaco Silva e a sua "cooperação estratégica" animou e impulsionou, traduziram-se assim num brutal agravamento das condições de vida dos trabalhadores e do povo», afirmou o secretário-geral do PCP.
«A assunção pelo Governo PS da agenda do grande capital e dos seus objectivos, que a eleição de Cavaco Silva e a sua "cooperação estratégica" animou e impulsionou, traduziram-se assim num brutal agravamento das condições de vida dos trabalhadores e do povo», afirmou o secretário-geral do PCP.
Verdade seja dita que Cavaco deu o benefício da dúvida a muitas promessas de Sócrates. Mas a função de um Presidente no sistema político português — até pelas limitações dos seus poderes — não é a de entrave ao Governo em exercício. Ao contrário de Jerónimo, Cavaco sabe bem o que são «forças de bloqueio», sentidas na pele quando era primeiro-ministro e em Belém estava Soares. Por isso deixa governar — mesmo que Sócrates esteja a cometer disparates irreversíveis, quiçá, e a aniquilar o futuro do País — é a única solução de Belém. Só o PC, com o seu posicionamento imóvel, não o entende. No caso do PC, aplica-se na íntegra, o conhecido ditado: «Pior que ser cego é não querer ver».
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