Direita em plena campanha eleitoral


Enquanto Manuela Ferreira Leite defendia, com unhas e dentes, o PSD na RTP, Paulo Portas dizia na SIC-N que não quer um CDS «subserviente». Se os dois líderes da direita portuguesa não combinaram ocupar o tempo de antena hoje à noite nos canais portugueses, digamos que quase parece. A avaliar pelas sondagens, pelas guerrilhas internas que dilaceram e propagam nos respectivos partidos, tivemos a sensação de que o vazio persiste neste quadrante ideológico em Portugal.
Salienta-se a ironia das ironias, protagonizada por Ferreira Leite: «farei campanha ao lado de Santana Lopes». Quem a viu e quem a vê. Em 2005 não votou Santana, ou melhor, votou, porque era a solução encontrada no boletim de voto no quadradinho do PSD. Agora a senhora da elite político-partidária nacional está disposta a fazer de figurante ao lado de Santana nos tradicionais folcores eleitorais. A diferença entre as duas entrevistas foi só uma: enquanto Judite de Sousa apertou (e bem) Manuela, na SIC-N Ana Lourenço foi branda com a fera do Largo do Caldas. Pensando bem, não é só na política que há «brandos e antigos costumes», sobretudo os da incompetência e da apatia profissional.

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