Sócrates igual a si mesmo


Na entrevista de ontem de José Sócrates à SIC, pouco ou nada de novo há a dizer. O Primeiro-Ministro, visivelmente mais abatido, disse o que já sabemos. Que a recessão em Portugal é inevitável, que o desemprego vai situar-se acima das previsões do Governo e que o investimento público é para seguir em frente. Sobre o relacionamento com Cavaco, o líder do PS deixou o aviso e a posição bem vincada: «lealdade não implica obediência».
Fugindo a muitas perguntas, Sócrates não deixou escapar a oportunidade de prosseguir na estratégia de campanha eleitoral que já tem em marcha e pediu aos portugueses a maioria absoluta nas legislativas deste ano. Sobre o PS não hesitou em ter um rasgo de populismo ao dizer que «o PS é o partido do povo de esquerda e que não é uma força de vanguarda nem de elites». Pois é, o menino das «beiras» quer mostrar que as lideranças partidárias em Portugal não são exclusivo dos meninos de berço nem da capital. E assim se caminha para a vitória...com ou sem maioria? Se for sem ela, fica a dúvida que Sócrates ainda não esclareceu: como governará o menino autoritário, que não é da elite, o País?

Comentários

Anónimo disse…
É um facto, «lealdade não implica obediência». Uma bela frase construída pela assessoria de S. Bento, mas que deve ter dado a volta ao estomago do prof. Cavaco. Já ninguém respeita a «Rainha de Inglaterra» cá do burgo...

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