Nas costas dos outros vemos as nossas
José Lello sempre gostou de criticar os outros antes de olhar para si. Ontem, na RTP-N, comentando a afirmação de Manuel Alegre de que admitia candidatar-se como independente a deputado nas legislativas se a Constituição o permitisse, Lello considerou essa posição como «falta de solidariedade» em relação ao PS «a raiar a falta de carácter».
Se Lello olhasse para os subordinados que vão pelo Largo do Rato — incluindo ele próprio — e o silêncio provocado pela «ameaça» do líder, talvez não acusasse Alegre de «falta de carácter». O histórico do PS pode ser demagógico em muita coisa mas nunca ninguém poderá acusá-lo de não ser coerente com aquela que sempre foi a sua linha política. Já de Lello e outros, não se pode dizer o mesmo. Mudar de opinião, consoante o vento, não é também «falta de carácter»?
Se Lello olhasse para os subordinados que vão pelo Largo do Rato — incluindo ele próprio — e o silêncio provocado pela «ameaça» do líder, talvez não acusasse Alegre de «falta de carácter». O histórico do PS pode ser demagógico em muita coisa mas nunca ninguém poderá acusá-lo de não ser coerente com aquela que sempre foi a sua linha política. Já de Lello e outros, não se pode dizer o mesmo. Mudar de opinião, consoante o vento, não é também «falta de carácter»?
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