A hora de Abril
Em tempo de Abril, este blogue, mais que nunca, tem a honra de começar, hoje, um ciclo tão abrangente quanto possível, de comemoração da liberdade. Ironicamente, cada dia é uma grande caixa de surpresas nas vidas de cada um de nós. Lamentavelmente, três décadas depois do fim da perseguição e do alcance da liberdade, a todos os níveis, ainda resistem neste cantinho da Europa, muitos cérebros sedentos de autoritarismo fascista e bacoco. E é para aqueles que ainda hoje se acham os donos da liberdade dos outros que dedico o mítico e eterno «Grândola, Vila Morena». Perdoa-me Zeca por isto, mas a tua voz não se calará nunca dentro dos que ainda resistem. A Revolução, essa, faz-se todos os dias, dentro de nós. E temos o dever de a fazer, cara a cara, contra aqueles que neste Portugal democrático se impõem como os donos e senhores de tudo.
Grândola, vila morena
Terra da fraternidade
O povo é quem mais ordena
Dentro de ti, ó cidade
Dentro de ti, ó cidade
O povo é quem mais ordena
Terra da fraternidade
Grândola, vila morena
Em cada esquina, um amigo
Em cada rosto, igualdade
Grândola, vila morena
Terra da fraternidade
Terra da fraternidade
Grândola, vila morena
Em cada rosto, igualdade
O povo é quem mais ordena
À sombra duma azinheira
Que já não sabia a idade
Jurei ter por companheira
Grândola, a tua vontade
Grândola a tua vontade
Jurei ter por companheira
À sombra duma azinheira
Que já não sabia a idade
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