Daqui a um mês farei o (meu) balanço
Consumidora obsessiva de jornais e tudo quanto respira informação, a primeira coisa que fiz na manhã de ontem foi ir ao meu quiosque e pedir o i.
Já vivi a morte, lenta e penosa, de um diário. E tenho inveja de nunca ter estado no parto de outro. Por isso, era sagrado para mim, estar lá a beber o primeiro número deste novo jornal, que tanta curiosidade, nos últimos meses, suscitou.
Li-o, de fio a pavio. Consumi (quase) todos os caracteres. Como sempre, o primeiro contacto com um jornal produz uma sensação de estranheza. Tem de haver um hábito. Achei o projecto, acima de tudo, arrojado e ousado. Com uma marca própria, moderno e graficamente apelativo. A arrumação, confesso, deixou-me algo confusa. Os temas estão, de facto, resumidos e directos. A actualidade do dia anterior é resumida. As secções, apesar de distintas, deviam, acho, estar mais assumidas.
A primeira tem uma imagem forte, que chama a atenção. Mas vale mais pela fotografia, forte, intensa, do que pelo conteúdo da peça. A política, área que me é querida, foi, neste primeiro número, bem tratada. Ana Sá Lopes, veterana nestas andanças, fez justiça à excelente profissional que é. Gostei, particularmente, do texto do Bloco Central.
Contudo, à medida que ia avançando nas páginas do i, sentia falta de algo. E, de repente, percebi o que era. Justiça. Faltou uma grande peça de Justiça. Ainda assim, será também injusto avaliar um jornal pelo primeiro número.
Por fim, senti uma terrível sensação, a de que tinha nas mãos um semanário. Temas de fundo, bastante aprofundados e que teriam lugar em qualquer revista semanal ou em qualquer Expresso ou Sol. E essa sensação, admito, é má. Porque um diário pode ser tudo, editorialmente e jornalisticamente, mas a última coisa que pode ser é um semanário. Ainda é cedo. É preciso esperar. Daqui a um mês voltarei ao tema. Mas parabéns a todos quantos tornaram possível este projecto. O Jornalismo em Portugal precisa de coisas novas. De sangue diferente. E isso acho que o i tem.
Já vivi a morte, lenta e penosa, de um diário. E tenho inveja de nunca ter estado no parto de outro. Por isso, era sagrado para mim, estar lá a beber o primeiro número deste novo jornal, que tanta curiosidade, nos últimos meses, suscitou.
Li-o, de fio a pavio. Consumi (quase) todos os caracteres. Como sempre, o primeiro contacto com um jornal produz uma sensação de estranheza. Tem de haver um hábito. Achei o projecto, acima de tudo, arrojado e ousado. Com uma marca própria, moderno e graficamente apelativo. A arrumação, confesso, deixou-me algo confusa. Os temas estão, de facto, resumidos e directos. A actualidade do dia anterior é resumida. As secções, apesar de distintas, deviam, acho, estar mais assumidas.
A primeira tem uma imagem forte, que chama a atenção. Mas vale mais pela fotografia, forte, intensa, do que pelo conteúdo da peça. A política, área que me é querida, foi, neste primeiro número, bem tratada. Ana Sá Lopes, veterana nestas andanças, fez justiça à excelente profissional que é. Gostei, particularmente, do texto do Bloco Central.
Contudo, à medida que ia avançando nas páginas do i, sentia falta de algo. E, de repente, percebi o que era. Justiça. Faltou uma grande peça de Justiça. Ainda assim, será também injusto avaliar um jornal pelo primeiro número.
Por fim, senti uma terrível sensação, a de que tinha nas mãos um semanário. Temas de fundo, bastante aprofundados e que teriam lugar em qualquer revista semanal ou em qualquer Expresso ou Sol. E essa sensação, admito, é má. Porque um diário pode ser tudo, editorialmente e jornalisticamente, mas a última coisa que pode ser é um semanário. Ainda é cedo. É preciso esperar. Daqui a um mês voltarei ao tema. Mas parabéns a todos quantos tornaram possível este projecto. O Jornalismo em Portugal precisa de coisas novas. De sangue diferente. E isso acho que o i tem.
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