Saudades do «olhe que não, olhe que não»
Portugal vivia, em 1975, tempos conturbados. A instabilidade política, marcada por sucessivos governos provisórios e uma inflação galopante, era dominante, bem diferente do quadro que temos actualmente, onde prevalece uma maioria absoluta.
A 6 de Novembro de 1975, em ambiente de grande tensão, Mário Soares e Álvaro Cunhal defrontaram-se na televisão. Foi o primeiro debate político a ser televisionado e transmitido no país inteiro. Até hoje faz parte da história da política nacional. Uma resposta de Cunhal, quando Soares garantiu que o PCP queria instituir uma ditadura em Portugal: «Olhe que não, doutor, olhe que não». Do debate de hoje, que colocou frente-a-frente Louçã e Jerónimo, não ficou nada. Houve propaganda, a missão de ambos era o ataque ao PS e a José Sócrates e a doçura dominou os adversários que lutam pelo eleitorado de esquerda e de centro esquerda. Clara de Sousa quase nem se viu. Quero a vivacidade e os confrontos dos debates à antiga. Já!
A 6 de Novembro de 1975, em ambiente de grande tensão, Mário Soares e Álvaro Cunhal defrontaram-se na televisão. Foi o primeiro debate político a ser televisionado e transmitido no país inteiro. Até hoje faz parte da história da política nacional. Uma resposta de Cunhal, quando Soares garantiu que o PCP queria instituir uma ditadura em Portugal: «Olhe que não, doutor, olhe que não». Do debate de hoje, que colocou frente-a-frente Louçã e Jerónimo, não ficou nada. Houve propaganda, a missão de ambos era o ataque ao PS e a José Sócrates e a doçura dominou os adversários que lutam pelo eleitorado de esquerda e de centro esquerda. Clara de Sousa quase nem se viu. Quero a vivacidade e os confrontos dos debates à antiga. Já!
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