Jerónimo há cinco anos à frente do PCP


Já passaram cinco anos desde que Jerónimo de Sousa está à frente do PCP. Apesar de o partido ter caído para quinta força política, mesmo com a subida de votos nas eleições, a liderança de Jerónimo conseguiu pacificar o partido sem, contudo, impedir saídas de alguns quadros.

Antes de Jerónimo, Carlos Carvalhas liderou o partido durante 12 anos, e cujo final de mandato foi marcado pela expulsão do chamado grupo de renovadores - João Amaral, Edgar Correia e Carlos Figueira - que, com Carlos Brito, defenderam uma abertura do partido e puseram em causa o centralismo democrático.

Hoje, ao contrário do que muitos pensam, o PCP não se renovou, continua fechado sobre si próprio, preso em princípios ideológicos de um passado que já não volta. Jerónimo foi a lufada de ar fresco necessária no momento certo. Depois dele, o partido terá que decidir quem quer que suba à liderança. Será aí o princípio do fim»?

Comentários

VG disse…
Este texto contêm um erro factual: João Amaral não foi expulso do PCP, os outros dois sim.

É o que dá copiar/confiar de olhos fechados nas noticias da Lusa.

Com Jerónimo, mas mais com este colectivo, pois não há Heróis, o PCP está no fim do inicio. A segunda etapa revolucionária vem ai.
Ana Clara disse…
Quando se fala em «expulsão» é no enquadramento geral, de que a tendência renovadora não foi nunca aceite de forma natural dentro do partido.
Respeito cada força partidária que existe no espectro político nacional. Mas isso não me impede de achar o PCP o partido mais desfasado da realidade. Um partido que, para mim, está quase morto. Porque não soube renovar-se, actualizar-se e se continua a pautar por princípios económicos, por exemplo, insustentáveis na era e modelo económicos que vivemos.