Mandela e a democracia


Aos 91 anos, o homem que deixou pelo seu próprio pé a cela da cadeia de Victor Vester, nos arredores do Cabo, continua a ser o principal inspirador de uma nação que tenta reconciliar-se com o passado.
Há 20 anos, no dia 11 de Fevereiro, Nélson Mandela caminhou, com Winnie, com quem era casado na altura, pelo braço, em direcção a um mar de gente que o aguardava nas ruas, sem aparato de segurança especial, dando início a um processo de edificação de uma democracia plena e representativa que ainda hoje surpreende o mundo.
Esse gesto, aparentemente intrépido, de um líder que viveu 27 anos encarcerado por ousar opor-se a um regime brutal, encerra em si próprio a natureza do político que acredita que quando a causa é justa não há lugar para o medo. A democracia chegou à África do Sul pelas mãos de um Mandela igual a si próprio.

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