Espoliados (de tudo)!


«O centralismo é doença crónica de sucessivos governos. O fenómeno não é de agora. Com o advento da democracia em 1974, os governos de Lisboa, tendo perdido os territórios ultramarinos, contentam-se agora com colonizar e espoliar o resto do continente. Mas esta atitude atingiu o absurdo e a sem vergonha nos últimos meses. Os exemplos são inúmeros. O Governo continua apostado em construir essa obra inútil e cara que é o TGV de Lisboa para Madrid, mas cancela a expansão do metro do Porto, que serve milhões de passageiros e é imprescindível para o desenvolvimento da sua Área Metropolitana. Quando o Estado ameaça falência e há necessidade de cobrar portagens nas SCUT, o Executivo opta por sacrificar o Grande Porto e o Norte. Muito em breve, um cidadão da Póvoa de Varzim que use a A28 para se dirigir diariamente ao Porto para trabalhar pagará portagem, quando já nem sequer dispõe de qualquer estrada alternativa; enquanto no IC 29, em Sintra, o serviço continuará a ser grátis. Absurdo! (...).
Paulo Morais. JN.
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Comentários

Gelo disse…
o problema da regionalização chama-se Valentim, chama-se Fátima, chama-se Jardim, chama-se Isaltino. Esta é a realidade que leva os portugueses a acreditar na demonização da regionalização, habilmente diabolizada pela oposição da altura. Entretanto, o interior e não o Porto, continua no lento esquecimento a que tem sido sujeito. E não obstante as personagens acima identificadas servirem de justificação para um recuo na regionalização, a verdade é que pela capital e pela Assembleia da República as mãos não estão mais limpas nem os bolsos menos cheios...
Ana Clara disse…
Ora aí está um dos cernes do problema. Mas há muitas outras coisas que precisam evoluir para que a regionalização se faça. Eu sou suspeita: sou contra o modelo, portanto...que venham mais ideias!