Saramago - (1923 - 2010)


E...aos 87 anos, a vida acabou. José Saramago, o escritor, o Nobel, o homem, o ser arrogante e provocador, mas o mesmo ser terno e com um coração repleto de compaixão pereceu hoje perante a morte. Independentemente de se gostar de José Saramago, é unânime e universal a obra que nos deixa, o legado que fará sempre parte da História e da Língua Portuguesa.
A literatura e o País ficam hoje mais pobres. A melhor obra que li de Saramago foi, curiosamente, um livro que não foi nada promovido: «O Ano da Morte de Ricardo Reis». Uma prosa sublime, intensa e nada, mas mesmo nada, à Saramago. É nela que o homem bom se reflecte. E, de Saramago, (todos sabem que Lobo Antunes é o meu «amo» da literatura) quero recordar os traços da bondade e da compaixão que ele também tinha dentro de si. Morreu apenas o corpo, a mente, a sapiência e o legado ficam connosco. Era esse o seu grande desejo! E nosso também.

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