O clássico dos clássicos


É um clássico. Os ex-ministros quando saltam fora das responsabilidades políticas e de tutela sabem abrir a boca para dizer e maldizer. Desta feita é Correia de Campos, agora eurodeputado, a vir deixar um recado a Ana Jorge, actual tutelar da pasta. Em entrevista ao «Negócios», assume não conseguir explicar as sucessivas derrapagens financeiras na Saúde. Acrescenta que, na sua opinião, o Estado fica dominado pelos interesses privados quando há dívidas elevadas. A opinião é deixada após a pergunta sobre como conseguiu controlar as dívidas: «Seguindo de muito perto os principais geradores de despesa hospitalar. Tive reuniões tempestuosas com organizações de meios complementares de diagnóstico quando lhes disse que o crescimento do ano seguinte seria zero. Em algumas dessas reuniões tive que informar os agentes de empresas estrangeiras que Portugal não admitia que os feitores de feitorias internacionais aqui mandassem. Este tipo de linguagem, muito dura, às vezes tem que ser utilizada». Se era assim tão bom, perguntamos a Correia de Campos por que razão foi substituído?

Comentários