O PSD e a boca grande dos seus dirigentes

O PSD e os seus dirigentes andam a cometer erros de «casting». Tem sido recorrente, nas últimas semanas, as críticas a Cavaco. Desta feita é Paulo Rangel que vem a terreiro criticar o actual presidente da República. Em entrevista ao jornal «I», o eurodeputado diz que «o primeiro-ministro Cavaco Silva só foi tão bom porque tinha Mário Soares como Presidente. Deu o seu melhor».
«Uma das razões por que eu sempre elogiei a coabitação Mário Soares-Cavaco Silva - gosto de presidentes interventivos - é que quanto maior é o grau de controlo sobre o governo, maior é a qualidade do governo. O governo sente-se vigiado, faz um esforço para melhorar», realçou Rangel, para dar a facada de seguida: «o Presidente da República devia dar mais atenção à Justiça».A pouco tempo do anúncio da recandidatura de Cavaco a Belém, o PSD devia ter mais tino na língua, já que foi Cavaco o primeiro homem do centro-direita a conseguir a eleição para Belém. É o único que pode vencer as presidenciais de 2011. E é a Cavaco, o estadista, mais professor e economista que político, a quem o PSD deve os maiores sucessos do partido depois do 25 de Abril. Este PSD, repleto de caras novas, gente com sangue fresco, anda à deriva e percebe-se bem a sede de poder que cresce sem cessar.

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