Governo de coligação? Impossível de formar!


Admito que já cheguei a pensar nisso. Nunca o escrevi porque, cada vez mais, considero que não há condições de entendimento político para tal. Mas, agora, perante a situação insustentável do país, Jorge Miranda vem dizer, preto no branco, que caso o Orçamento do Estado para 2011 não seja aprovado, o Presidente da República deve tentar que se forme um Governo de coligação. PS e PSD não se entendem nos pontos fundamentais do OE. Nunca se vão entender porque as diferenças que os separam, ao contrário do que muitos acham, são maiores que as concordâncias que os podiam aproximar. Caro Professor, percebo a ideia, mas, infelizmente, já não é tempo de executivos bipartidários. A globalização, a ideologia - que ainda resiste - e, acima de tudo, a sede de exercer o poder na sua plenitude, invalida a hipótese.

Comentários

Diogo Martins disse…
Concordo com um aspecto: a sede de gozarem do poder na sua plenitude, impossibilita que haja uma coligação. Não creio, porém, que as diferenças ideológicas, e ainda menos a globalização, sejam factores de afastamento. O PS e o PSD, desde cedo, demonstraram partilhar um tronco ideológico comum, intercedendo, logo após o 25 de Abril, junto da Internacional Socialista, pelejando entre si, para que esta os acolhesse como seus fiéis emissários em Portugal. A globalização foi o marcar do compasso da sua descaracterização, partidos informes de ideologia omissa, que agem em função de opiniões, débeis e voláteis, reformuladas a cada novo rufar das sondagens.
Ana Clara disse…
Mas deviam, em nome da partidarização do poder, colocar o que os separa de lado, e governar um País que há muito vive em desgoverno! Beijoca.

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