O exemplo que vem de França


Uma jornada de greves na próxima terça-feira, paralisação das refinarias desde quinta-feira, violentos protestos estudantis em várias cidades, manifestações previstas para hoje um pouco por todo o país. Nicolas Sarkozy e o seu Governo enfrentam uma vaga de contestação social sem precedentes perante a determinação em avançarem com o aumento da idade das reformas. O oleoduto que abastece os aeroportos de Paris deixou de funcionar a meio do dia por falta de combustível. As 12 refinarias em território francês estiveram paradas e bloqueados por manifestantes perto de metade dos 220 depósitos petrolíferos, verificando-se falta de combustível em cerca de 10% dos 12 500 postos de abastecimento no país. Tudo isto se passa num Estado rico. Mas pelo menos os franceses têm a coragem de reagir nas ruas, de fazer qualquer coisa. Em Portugal, a culpa também é do povo que, assiste, passivo, ao maior ataque social da história da democracia portuguesa.

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