«Ruas da amargura»
«A droga voltou a dominar as ruas das cidades, em particular em Lisboa e no Porto. Este fenómeno tem a sua expressão mais visível na figura do arrumador de automóveis, esse actor urbano omnipresente, que provoca um sentimento de insegurança generalizada. E constitui o símbolo duma comunidade apática e egoísta. Os toxicodependentes, abandonados na via pública, estão cada vez mais entregues apenas à sua má sorte. As equipas de apoio na rua, escassas, pouco mais fazem do que agir ao nível da redução de danos, distribuindo seringas e medicamentos. Entretanto, as estruturas do Instituto da Droga e da Toxicodependência funcionam na lógica da administração pública portuguesa, com muitos serviços, muitos chefes e uma quase nula capacidade de intervenção».
Paulo Morais. JN.
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