Aguente-se, Eng.º, aguente-se!

É tão certo as relações entre Cavaco e  Sócrates azedarem (ainda mais) no futuro como o Natal ser a 25 de Dezembro. Eis que em clima de discussão interna (nas jornadas parlamentares do PS que decorrem no Porto) o secretário-geral do PS acusou «quem explora de forma descarada a questão da pobreza para retirar dividendos políticos» e que «os verdadeiros combatentes contra a pobreza afastam-se do “exibicionismo”». É sabido o chorrilho de críticas que têm surgido contra Cavaco pelas suas manifestações recentes de apoio contra a pobreza. Mas só quem anda a dormir pode agora vir com armas de arremesso político das baixas. Nos últimos cinco anos há uma coisa de que ninguém pode acusar o candidato Cavaco: é de não ter lutado contra a exclusão social dos mais desfavorecidos. Criou o Roteiro da Inclusão onde muita coisa foi feita. O que José Sócrates pode não saber é que foi o seu Governo que desde 2005 destruiu o Estado social, contribuiu para o aumento da pobreza e da miséria e deixou este país completamente depenado. E se o líder do PS aconselha os «verdadeiros combatentes da pobreza a afastarem-se do exibicionismo», Platonismo Político deixa uma pergunta ao Primeiro-Ministro de Portugal: porque se bate, teoricamente, nos últimos anos contra a pobreza? O descaramento é «socrático» e não totalmente «cavaquista». Em suma, o descaramento é político e não individualizado. Mas pronto sabemos bem que o PS e José Sócrates estão em brasa porque sabem que vão levar uma tareia monumental nas presidenciais. Aguente-se, Eng.º, aguente-se!

Comentários

Anónimo disse…
na política desde 1979, Cavaco, como ministro das Finanças da AD, preparou o país para a bancarrota e para a entrada do FMI em 1983. Depois herdou os cacos do Bloco Central que lhe preparou a entrada na CEE e desbaratou com empresários do Ave e sindicalistas da UGT as verbas do Fundo Social Europeu enquanto destruía a agricultura, as pescas e a indústria portuguesa - sempre assente nos salários baixos. Tem sido sempre um bom para a inclusão e para a nossa economia, de facto. se falasse era menos e tivesse feito o que era necessário não estávamos a viver com um modelo de desenvolvimento de que é pai e mãe.

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